A sociedade capitalista e as classes sociai
O termo classe costuma ser empregado de muitas maneiras. Diz-se, por exemplo, “alguém tem classe”, “classe política”, “classe dos professores”, etc. essas são formas que o senso comum utiliza para grupos sociais ou profissionais.
As classes sociais expressam, no sentido mais preciso, a forma como as desigualdades se esturram na sociedade capitalista.
Hierarquização e mobilidade
Pode-se afirmar que existem duas grandes maneiras, com suas variações, de pensar a questão das classes: considerando a posição dos indivíduos e grupos no processo de produçao capacidade de consumo como fator de classificação. No primeiro caso, pode-se ter uma hierarquização dos grupos como a seguinte: classes dos proprietários de terras, burguesa (industrial, financeira), pequeno-burguesa ou média, trabalhadora ou operária. Entretanto, fia evidente que as sociedades modernas caracterizam-se, em grau variável, pelas desigualdades:
Na apropriação da riqueza gerada pela sociedade, expressa normalmente pela propriedade e pela renda, mas que aparece também no consumo de bens.
A mobilidade social nas sociedades capitalistas é maior do que nas divididas em castas ou estamentos, mas não e tão ampla quanto pode parecer. As barreiras para a ascensão social não estão escritas nem são declaradas abertamente, mas estão dissimuladas nas formas de convivência social. A desigualdade não existe só no nascimento, mas é reproduzida incessantemente, todos os dias, expressando-se até mesmo na morte, particularmente em como se morre.
A desigualdade é constitutiva da sociedade capitalista
Como já vimos, Karl Marx colocou a questão das classes no centro de sua análise da sociedade dos indivíduos. Afirmou que as sociedades capitalistas são regidas por relações em que o capital e o trabalho assalariado são dominantes e a propriedade privada é o fundamento e bem maior a ser preservado. Nesse contesto, pode –se afirmar que existem duas classes fundamentais: