A socialinguistica
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A lingüística tornou-se ciência a partir dos estudos de Ferdinand de Saussure, principalmente com a publicação do livro Curso de Lingüística Geral, que foi publicado três anos depois de sua morte pelos seus alunos. A lingüística de Saussure define língua e fala, sendo que a língua é a parte social do falante e a fala a parte individual. No entanto, a definição destes conceitos é um tanto delimitada, pois não leva em consideração o falante o os diferentes estilos como a língua se revela. Este autor privilegia o caráter formal e estrutural do fenômeno lingüístico, apesar de reconhecer a importância das considerações de natureza etnológica.
Antes de falarmos sobre a sociolingüística em si, veremos alguns aspectos importantes dos autores, alguns da linha estruturalista, outros não, e o percurso até chegarem à sociolingüística. Para Alkimin (2008) os autores que mais de destacam nesse estudo são: Antonie Meillet, Mikhail Bakthin, Marcel Cohen, Émile Benveniste e Roman Jakobson. Abordaremos cada um de maneira resumida.
Para Meillet (1906 apud Alkimin,2008) a história da língua é inseparável da história da cultura e da sociedade. Para este autor a linguagem é eminentemente um fato social. Apesar desta vertente, este autor segue a orientação diacrônica dos estudos lingüísticos.
Bakthin ( 1929 apud Alkimin, 2008) critica de modo desafiador a postura Saussureana e traz a noção de comunicação social para os estudos lingüísticos. Para Bakthin
A verdadeira substância da língua não é constituída por um sistema abstrato de formas lingüísticas, nem pela enunciação monológica isolada, nem pelo ato psicofisiológico de sua produção, mas pelo fenômeno social da interação verbal realizada através da enunciação ou das enunciações. A interação verbal constitui assim a realidade fundamental da língua.
Cohen ( 1956 apud Alkimin, 2008) diz que os fenômenos lingüísticos se realizam no contexto variável dos acontecimentos sociais. Este autor aborda relações entre