A Rusga em Mato Grosso
Logo após a independência do Brasil, dois partidos se destacaram no cenário político brasileiro: os caramurus e os liberais. Os caramurus apoiavam o império, ao contrário dos liberais estes se dividiam em duas facções: os Exaltados e os Moderados. D. Pedro I renuncia para assumir o trono em Portugal com o titulo de Pedro IV. Dessa forma, os caramurus passam a defender a volta de D. Pedro I e que o Brasil volte à condição de colônia de Portugal, enquanto que os liberais moderados queriam que o Brasil fosse regido pela constituição de 1824 e ambicionavam o poder político nas províncias. Já os liberais exaltados, queriam a proclamação da república e a expulsão de todos os estrangeiros e portugueses chamados de adotivos, que moravam no Brasil e dominavam o comércio. Assim cada facção se organizava junto às sociedades brasileiras e em mato grosso não foi diferente, os dois partidos ambicionavam o poder da província. De um lado as duas alas dos liberais articulavam com a sociedade dos zelosos da independência, os caramurus articulavam junto às sociedades filantrópicas compostas em sua grande maioria por portugueses e estrangeiros ligados ao comercio de importação e exportação. Os liberais moderados queriam apenas assumir o governo da província. Com o afastamento de Antônio Correia da Costa do cargo de presidente da Província de Mato Grosso, o liberal mato – grossense Poupino Caldas é nomeado para o cargo. Dando aos liberais moderados a oportunidade de implantar suas ideias. Porém os exaltados queriam mais: organizaram um levante que eclodiu no dia 30 de maio de 1834 tendo a frente à guarda nacional, reunidos no Campo do Ourique, tomaram o quartel da guarda municipal. Pois os exaltados queriam a expulsão de todos os estrangeiros e portugueses da Província de Mato Grosso. Partiram em diligência para atacar as propriedades dos caramurus sendo dias de muito sangue e violência também chamado de noite de São Bartolomeu mato – grossense. Os chefes do