A revolta da chibata

401 palavras 2 páginas
REVOLTA DA CHIBATA

Em 1910, ocorreu uma rebelião militar, a Revolta da Chibata, ocorrida na Marinha. O recrutamento militar era obrigatório e acabava recaindo sobre parte da população mais humilde que não contava com prestígio político para livrá-los do serviço militar obrigatório. O corpo militar ainda tinha uma série de castigos físicos sob seus membros inferiores (soldados, cabos e sargentos). Isto ocorria em ambas às forças: Exército e Marinha.

No Exército, os castigos físicos eram menos violentos e ocorriam em menor escala devido a seu caráter popular, boa parte de seu oficialato, principalmente o baixo (tenentes), eram provindos de camadas populares, dessa forma, não ocorria tanto distanciamento entre soldados e oficiais. Já a Marinha sempre foi uma força militar tradicionalmente elitizada, dessa forma, seu oficialato não era provindo de grupos populares e sim de grupos aristocráticos, ocorrendo assim, certo desprezo por parte de oficiais em relação aos soldados. Dessa forma, quase todos os desvios de conduta eram castigados com açoitamentos. Em 1910, após a condenação de Marcelino Rodrigues Meneses a 250 chibatadas com obrigatoriedade do restante dos marinheiros a assistirem ao castigo, esses se revoltaram. Em 22 de novembro de 1910, durante a noite, eles se rebelaram e tomaram o controle do navio Minas Gerais. Outros três navios: São Paulo, Bahia e Deodoro, aderiram ao movimento. Seu líder foi o marinheiro João Cândido. O comandante do Minas Gerais junto com outros oficiais acabou sendo morto e o conflito ganhou dimensões de luta armada ocorrendo morte também do lado dos marinheiros. As reivindicações dos marinheiros eram duas: o fim dos castigos corporais e a melhoria na alimentação. João Cândido enviou por rádio uma mensagem ao Palácio do Catete, sede do governo federal, ameaçando bombardear a cidade caso suas reivindicações não fossem atendidas. O presidente Hermes da Fonseca, sem saída, pois os navios estavam ancorados na Baía de Guanabara,

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