A responsabilidade social
O termo “Responsabilidade Social”, em “alta”, aparece estampado, em todo momento na mídia. É comum ver nas propagandas de televisão e pela internet, empresas e organizações anunciando seus produtos ou serviços com o discurso de “cidadania” e de “responsabilidade social”. A mídia, por sua vez, mantém a sociedade a par de acontecimentos que dizem respeito ao assunto. Além disto, muitos trabalhos acadêmicos têm sido apresentados em congressos e publicados em periódicos especializados, e livros têm sido editados sobre o tema.
Assim, diante de toda essa divulgação explicitada pela mídia, quem acompanha os noticiários, deve imaginar que as organizações brasileiras que se dizem “sustentáveis e responsáveis socialmente”, amadurecerão e atualmente, estão todas, realmente engajadas na proposta de comprometimento com a sociedade e cada vez mais, exercem, a cidadania. Mas será essa a realidade? Será um mero discurso? E o que é ter “Responsabilidade Social”?
Se analisarmos criticamente, a realidade mostra-se muito diferente do discurso anunciado e é realmente difícil encontrarmos instituições que possam ser consideradas cidadãs, sem maiores questionamentos. Com a complacência da mídia, a maioria das empresas mostra-se quase sempre focada mais na sua saúde financeira do que na ética. A falta de dessa reflexão e de conhecimento resulta em um grande equívoco conceitual: a crença de que “Responsabilidade Social” resume-se em realizar ações em prol da comunidade. Se assim o fosse, qualquer pessoa ou empresa que se empenhasse em, por exemplo, doar alimentos ou manter uma creche, poderia ser considerado “socialmente responsável”. Até mesmo o “traficante de drogas” que, desempenha também um papel social ao distribuir cestas básicas, encaminhar pessoas ao pronto-socorro e que, por vezes, é admirado pela comunidade para a qual contribui.
O conceito de “Responsabilidade social” mostra-se complexo quando vislumbra a instituição em sua amplitude e avalia as