A Religião do Antigo Egito
O Egito é considerado uma das civilizações antigas mais preocupadas com as questões espirituais. Eles se iniciam cedo nas práticas religiosas; sabe-se que suas expressões místicas mais antigas provêm de quatro a cinco mil anos a.C. A princípio este povo exercitava o animismo, que consiste no culto à Natureza, e assim persistiu até meados de 3.000 a.C, quando evoluiu para a prática de uma espiritualidade mais sofisticada, repleta de deuses, embora ainda houvessem vestígios anímicos, uma vez que estas divindades eram zooantropomórficas, ou seja, eram constituídas de elementos humanos e de uma fração animal.O Faraó Amenófis IV, pertencente à XVIII dinastia, tentou implantar o monoteísmo, elegendo o sol, deus Áton, como único ser supremo que seria cultuado. O politeísmo, porém, estava enraizado nas estruturas clericais, sociais e políticas o Antigo Egito, o que provocou uma intensa resistência, principalmente por parte do clero. Assim, após sua morte, a adoração de várias divindades novamente se estabeleceu entre os egípcios.
Osíris é o símbolo da crença fundamental dos egípcios na imortalidade da alma e na vida após a morte. Segundo a lenda este deus era filho da Terra, Geb, e casado com Ísis. Ele e a esposa ensinam ao Homem a técnica agrícola, principal prática econômica desta época. Seu irmão Seth, enciumado, mata Osíris, afogando-o e esquartejando-o; mas Ísis coleta todos os pedaços, disseminados pelo Egito, une-os e dá vida novamente ao marido, que retorna para o céu. Seu filho de Horos, sedento de vingança, assassina o tio e recebe como recompensa o trono egípcio, o que justifica o poder divino dos faraós, os quais descenderiam de Osíris. Seu renascimento, por sua vez, simboliza a imortalidade da alma e a existência da reencarnação. Depois de estagiar na terra, a alma retornava à vida espiritual e, dependendo de suas atitudes boas ou más, ela iria para uma esfera abençoada, ou para uma região de dores e aflições. Posteriormente