A relação professor-aluni

A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO E SUAS IMPLICAÇÕES NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Belo Horizonte
Agosto de 2010 Ao longo dos séculos muito se estudou sobre como se dá o fenômeno da aprendizagem, e inúmeros foram os autores que discorreram sobre o tema, dada a sua complexidade. Sabe-se hoje, que tal fenômeno envolve fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais, podendo ser desencadeado pela motivação e pelas relações de troca entre o aprendente e o meio em que se encontra.
Como citado acima, muitos autores escreveram sobre o tema. Vygotsky (1994) destacou a importância das interações sociais, do outro, ao citar a relevância da mediação e da internalização como ferramentas fundamentais no processo de aprendizagem do indivíduo. Indo na contramão de Vygotskk, Piaget acredita que a aprendizagem é um processo que depende essencialmente da elaboração interna e espontânea realizada pela criança, dependendo do estágio do desenvolvimento que se encontra, desconsiderando as interações sociais realizadas por ela.
Através de sua metafísica, Aristóteles afirma que todos os seres humanos possuem o desejo de saber. Com a metáfora da lanterna que rompe a escuridão, dizendo que Curioso é aquele que pode segurá-la (a lanterna), Aristóteles ressalta a importância da curiosidade, como sendo um desejo primitivo, no fenômeno da aprendizagem. Mas qual é a origem dessa curiosidade? De onde vem esse desejo primitivo? Para responder tais questões, recorreremos a Freud, que apesar de não escrever especificamente sobre a aprendizagem, contribuiu enormemente ao desvendar a origem, o porquê e a importância de o ser humano ser curioso para que o fenômeno da aprendizagem ocorra.
Para Freud, a busca pelo saber, a formação de um ser desejante de saber, tem suas origens durante as etapas de evolução psicossexual do indivíduo, principalmente na fase fálica, quanto a criança descobre a diferença sexual anatômica existente entre ela e outras crianças, que coincide