A RELAÇÃO ENTRE O PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA (PDE) E O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA (PPP): CONCEPÇÃO E AVALIAÇÃO Mirza Seabra Toschi1

A RELAÇÃO ENTRE O PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA (PDE) E O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA (PPP):
CONCEPÇÃO E AVALIAÇÃO

Mirza Seabra Toschi1
Marília Fonseca2
João Ferreira de Oliveira3

A pesquisa Novos modelos de gestão da educação básica – o que mudou na escola?4, apresentada aqui nos aspectos do Plano de Desenvolvimento da Escola e sua relação com o Projeto Político-Pedagógico, desenvolveu entrevistas semi-estruturadas com os agentes escolares, relacionados ou não ao Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE), em duas escolas estaduais e três escolas municipais na cidade de Goiânia5, totalizando 23 entrevistas. Foram entrevistados em cada escola pesquisada: o diretor, o coordenador do PDE, líderes de objetivos estratégicos e dois professores não envolvidos com as ações do PDE.
A análise das entrevistas permite que se faça uma série de inferências que apresentamos a seguir. Neste texto buscamos fazer relações entre a proposta do Projeto Político-Pedagógico (PPP) que as escolas vinham sendo incentivadas a desenvolver, segundo preceitos da própria LDB e, posteriormente, do Plano Nacional de Educação, e o Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE), proposta de planejamento estratégico a ser desenvolvido pelas escolas, por meio de modelo gerencial concebido no âmbito de um acordo de financiamento entre o Banco Mundial (BM) e o MEC (Projeto Fundescola) 6 a ser aplicado em escolas das regiões norte, nordeste e centro-oeste. O PDE traz um modelo de gestão da escola, dentro dos moldes de organização empresarial, e as escolas que fizerem adesão ao Plano e planejarem nos moldes determinados recebem os recursos para desenvolvimento das ações estabelecidas7.
As falas dos entrevistados permitem que se afirme que as escolas já vinham, de alguma forma, buscando implementar a gestão democrática e o PPP, antes da chegada do PDE8. Os entrevistados informam, ainda, que o PDE é bom porque traz recursos para as escolas e porque permite que sejam executadas tarefas