A rela o de Marx com a fundamenta o hist rica do conhecimento
I – Introdução:
“Se analisarmos de perto a massa dos acontecimentos que constitui a história — estima Marx —, é possível visualizar duas grandes regiões articuladas em instâncias, cuja determinação recíproca nos dá a figura de um todo único e inteligível: embaixo, constituindo sua infra-estrutura, a instância da economia (modo de produção); em cima, constituindo sua superestrutura, a esfera das representações ideológicas, dos valores morais, das normas jurídicas, das idéias políticas etc, dotada de eficácia própria e do poder de sobredeterminar a história e a esfera econômica enquanto tais. Sabendo o que se passa embaixo (a instância econômica), é possível saber o que se passa no alto (a superestrutura), e a tarefa da investigação é explicar a segunda pela primeira — eis o programa do materialismo histórico anunciado por Marx n'A Ideologia Alemã, reiterado no famoso prefácio da Contribuição à Crítica da Economia Política e realizado, ao menos para a instância econômica, em O Capital.” (Domingues, 1991, 304)
II - Comentários meus:
Marx observou que a produção de ideias e concepções está entrelaçada aos diferentes modos de interação direta do homem com a natureza e com o outro homem, ou ao que chamou de diferentes modos de produção. Reconhecemos a transformação dos estágios da humanidade quando reconstruímos a passagem da sociedade escravocrata para a feudal e desta para a burguesa etc. Isso indica que em fases diferentes da história, o homem encontrou diferentes meios de produzir sua satisfação primária e juntamente como isto diferentes tipos de organização social. Sendo assim, na medida em que trabalham conjuntamente a natureza para produzir o meio de sua subsistência, os homens vão desenvolvendo relações de produção e complexos sociais cada vez mais complexos para regular estas relações e controlar a ação uns dos outros. E é por isso que, paralelamente à produção material ocorre a produção