A Reforma Universit Ria De 1968
A organização do ensino superior sofreu reformas e entre as elas destaca-se a reforma de 1968, que foi resultado do regime militar. A reforma teve dois princípios que foi o controle político das universidades públicas brasileiras e a formação de mão de obra para a economia.
Em 1968 houve uma intensa mobilização do movimento estudantil, sendo realizados diversos debates e manifestações de rua. O Governo realizou uma série de medidas para impedir essas mobilizações. Uma delas foi a criação do Grupo de Trabalho no ano de 1968. Esse grupo tinha como objetivo estudar a reforma da Universidade brasileira, visando à sua eficiência, modernização, flexibilidade administrativa.
A reforma de 1968 produziu efeitos disparatados no ensino superior brasileiro. Por um lado, modernizou uma boa parte das universidades federais e determinadas instituições estaduais e confessionais, que incorporaram gradualmente as modificações acadêmicas propostas pela reforma. Criaram condições propícias para determinadas instituições passassem a articular as atividades de ensino e de pesquisa, que até então estavam relativamente desconectadas. Aboliram as cátedras vitalícias, introduziu o regime departamental, institucionalizou a carreira acadêmica, a legislação pertinente acoplou o ingresso a progressão docente à titulação acadêmica. Para atender a esse dispositivo, criou uma política nacional de pós-graduação, expressa nos planos nacionais de pós-graduação e conduzida de forma eficiente pelas agências de fomento do governo federal.
A reforma de 1968 produziu efeitos inovadores, por outro lado, abriu condições para o surgimento de um ensino privado que reproduziu o antigo padrão brasileiro de escola superior, ou seja, instituições organizadas a partir de estabelecimentos isolados, voltados para a mera transmissão de conhecimentos de cunho marcadamente profissionalizante e distanciados da atividade de pesquisa, que pouco contribuem com a formação de horizonte