A Reforma Psiqui Trica E Pol Tica De Sa De Mental No Brasil
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA: Saúde Mental e Saúde Coletiva
DOCENTE: Dra. Emilse Terezinha Naves
DISCENTES: César, Lucas, Telma Alves Ferreira Brito
A Reforma Psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil
O início da Reforma Psiquiátrica no Brasil se dá na mesma época da eclosão do “movimento sanitário”, nos anos de 1970. Embora esses dois movimentos tenham ocorrido em um mesmo momento histórico, a Reforma Psiquiátrica tem uma história própria, inscrita em um contexto internacional de mudanças pela superação da violência asilar. Mais do que apenas a criação de novas leis, o processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil envolveu também a participação de movimentos sociais e grandes mudanças nas políticas governamentais e nos serviços de saúde. Delgado et al (2007) definem a reforma da seguinte forma:
A Reforma Psiquiátrica é um processo político e social complexo, composto de atores, instituições e forças de diferentes origens, e que incide em territórios diversos, nos governos federal, estadual e municipal, nas universidades, no mercado dos serviços de saúde, nos conselhos profissionais, nas associações de pessoas com transtornos mentais e de seus familiares, nos movimentos sociais e nos territórios do imaginário social e da opinião pública. Compreendida como um conjunto de transformações de práticas, saberes, valores culturais e sociais, é no cotidiano da vida das instituições, dos serviços e das relações interpessoais que o processo da Reforma Psiquiátrica avança, marcado por impasses, tensões conflitos e desafios (p. 39).
Surge então em 1978 o MTSM (Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental) cujo o objetivo, segundo Delgado et al, consistia na denúncia de violência em manicômios, da mercantilização da loucura, da hegemonia de uma rede privada de assistência e na construção coletiva de uma crítica ao chamado saber psiquiátrico e ao modelo hospitalocêntrico na assistência a pessoas com transtornos