A Rede que abraça o planeta
Eurípedes Alcântara, de Nova York
O americano Nicholas Negroponte costumava ser ouvido como um profeta. Diretor do Laboratório da Mídia do Instituto de Tecnologia Massachusetts, MIT, ele é um desses conferencistas que fascinam as plateias quando alam sobre o futuro. Entre os ouvintes de suas palestras já estiveram diversos presidentes americanos, líderes europeus e cientistas ganhadores do Premio-Nobel. De uns tempos pra cá, Negroponte deixou de ser um anunciante do amanhã. A razão, segundo ele, é simples. O futuro chegou. Vamos ouvi-lo brevemente sobre o avanço dos computadores e das redes de telecomunicação:
“Há uma brincadeira com números que faz muito sucesso entre as crianças. Começa com uma pergunta: vale a pena trabalhar por 1 centavo ao dia durante um mês, dobrando o salário todo dia?
Se começarmos esse maravilhoso sistema salarial no Ano Novo, estaremos ganhando mais de 10 milhões de dólares por dia no fim de janeiro. Essa é a brincadeira. Usando o mesmo esquema, estaríamos ganhando apenas 2,6 milhões de dólares, no total, se janeiro tivesse três dias a menos. Mas, como o mês tem 31 dias, o salário mensal vai para mais de 21 milhões de dólares”.
Hoje, o computador pode comunicar-se com outros computadores através de uma linha telefônica. Basta que uma pessoa instale no seu micro um pequeno aparelho chamado modem, que transforma os códigos digitais para o trafego no fio, e tudo está pronto para maior viagem que a tecnologia já ofereceu ao
ser humano. O Brasil tem 50.000 pioneiros plugados na Internet e ainda está tropeçando na porta de entrada dessa aventura, mas a malha planetária de computadores que transforma o sistema Internet está explodindo por todos os países, inclusive na vizinha Argentina, onde o numero de inscritos cresceu 8000% (...).
Criada pelo governo americano nos tempos incertos da Guerra