A razão
O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDA/H) é caracterizado por padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade/impulsividade, que é mais frequente e grave do que é tipicamente observado em indivíduos no nível comparável de desenvolvimento. Alguns destes sintomas podem estar presentes antes dos sete anos, embora a maioria seja diagnosticada após a manifestação destes por alguns anos, podendo observá-los em diversas situações como na casa, na escola ou no trabalho. Deve ser clara a interferência com o desenvolvimento social, acadêmico ou funções ocupacionais. Por definição, o diagnóstico do TDA/H não pode ser feito se os sintomas ocorrerem exclusivamente na presença de transtorno invasivo do desenvolvimento, esquizofrenia, ou outros transtornos psicóticos, ou se forem mais bem explicados por algum outro transtorno mental1.
O TDA/H é visto como a mais frequente desordem comportamental da infância2. Segundo o DSM-IV, a prevalência de TDA/H é estimado em 3% - 5% das crianças em idade escolar. Porém, este dado sofre uma variação que gira em torno de 1% - 20% de acordo com vários autores3-7. O TDA/H é mais frequente no sexo masculino e as razões masculino - feminino variam entre 9:1 nas populações clínicas a 4:1 nas populações epidemiológicas1,6,8.
Por não existir uma bateria fixa de testes para avaliar as crianças com TDA/H e pelo fato de que o roteiro do DSM-IV comumente utilizado sofre muitas críticas por ser subjetivo, pensou-se em contribuir para o diagnóstico com uma bateria de avaliação neuropsicológica mais objetiva, simples e de fácil acesso aos profissionais da área. MÉTODO
Sujeitos. Foram avaliadas 10 crianças com queixa de dificuldade de atenção e hiperatividade e 10 crianças sem queixa (grupo controle), na faixa etária de 7a.0m. a 11a.11m. Essas crianças eram procedentes de escolas da rede pública de Campinas e obedeceram aos critérios abaixo discriminados.
Critérios de inclusão: apresentar