A questão Social no Brasil
Por muito tempo se manteve a idéia de conformismo pairando sobre a população brasileira. Criticava-se a maneira como a nova geração protestava por seus direitos, usando redes sociais e assinando petições on-line; isso, claro, quando ainda se havia o interesse de protestar. As manifestações on-line que se mantiveram por tanto tempo sem atrair resultados, porém, foi um importante fator na força com que os protestos ocorreram: o “povo” das redes sociais, de certa forma, descobriu (ou lembrou) como é não ser impotente em relação ao Estado, que não somos apenas meros expectadores da política. A grande massa que se limitava ao virtual transbordou para as ruas.
Diferente das manifestações passadas hoje a população possui uma ferramenta que foi essencial para o inicio e a organização dos movimentos, a internet e suas redes sociais. Este meio dissemina de forma extremamente rápida a mobilização e informações sobre os manifestos além de ser ferramenta de continuidade de tais movimentos durante o tempo é que seus simpatizantes não estão na rua.
Outra diferença embora sutil seja que na década de 1970, as passeatas eram ligadas a um fato específico — a morte de um estudante, por exemplo — para dar vazão a uma questão maior. Hoje, o aumento da passagem de ônibus foi um pretexto, uma gota d’água que fez transbordar o descontentamento geral e a falta de respeito que o Estado exerce sobre o cidadão, — o que, guardadas as devidas proporções, era o sentimento de antigamente.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 O PAPEL DA INTERNET NAS MANIFESTAÇÕES
Nosso pais vivem nos últimos meses com algo que não se via há muitos anos, as manifestações. Diferente das décadas anteriores, agora a população possui a internet como uma forte ferramenta a seu favor. Os principais pontos de encontro dos manifestantes se tornaram eventos criados em redes sociais, aonde podem se comunicar e discutir enquanto não estão nas ruas. E isso se mantém essencial para a organização dos