a questão da inteligência

Resumo: A questão da inteligência: todos podes aprender?

A palavra inteligência pelos seus muitos significados, só ganha sentido se precisarmos a dimensão em que a estamos valorizando. Por isso pretendemos na primeira parte caracterizar a inteligência segundo três perspectivas: inatismo, empirismo, construtivismo. E na segunda parte o objetivo é complementar as informações, analisando o tema em uma perspectiva específica, mas de forma ampla e fundamental. Para Piaget a inteligência, e tudo aquilo que possibilita aos seres vivos continuarem assim no contexto de suas transformações. Uma das ideias bem difundidas é aquela que pensa a inteligência como uma capacidade, dom ou vocação que possuímos independentemente de nossos esforços ou dos ensinamentos que recebemos na escola ou na vida. Na visão inatista, o que somos, ou seja, o essencial de nossa constituição ou inteligência se expressa como revelação de nossas capacidades. Nossa inteligência não depende de nós, ou seja, é independente. Por isso, nessa visão o sujeito é considerado em sua versão passiva, subordinada ou submissa aos ditames de sua pré-formação ou herança genética. Na perspectiva inatista a inteligência é concebida como limitação, algo que não pode avançar além de certo ponto. A inteligência torna-se então uma questão de medida. Ou seja, o trabalho da psicologia ou educação é medir o quociente intelectual e predizer até onde podemos ir, até onde seremos capazes de aprender. Nesse sentido, a inteligência corresponde a um dom, ou seja, a algo que se possui ou que se tem propriedade. Em sua versão negativa ou pessimista, essa visão muitas vezes se expressa por sentimentos de impossibilidade, de aceitação passiva, conformada e queixosa de um destino a que todos estão submetidos, como se a inteligência fosse resultante de uma vontade superior ou de um desígnio que temos que aceitar e respeitar. Uma segunda visão muito comum de inteligência é aquela que advém do empirismo. Nesse sentido, a inteligência é