A quem serve a minha vida
A quem serve minha vida, serenidade ou felicidade?
“...A pessoa que atrapalhava sua vida...” é o título de uma crônica de Veríssimo, o tema do texto é o arbítrio que toda pessoa tem sobre sua vida. Seus atos, atitudes e valores morais inseridos no ambiente profissional e/ou familiar estão no centro contextual desta trama escrita por Luis Fernando.
O autor cita no texto “a maneira como você encara a vida é que faz toda diferença”, fica assim explícito que o agente de mudança, crescimento ou mesmo o fator revolucionário do cotidiano é o próprio ser. Procede dizer que você pode prejudicar ou ajudar-se tendo em vista sua postura diante do mundo que te cerca. O autor afirma isso de forma legítima quando escreve que “a vida muda, quando você muda”.
O conhecimento prévio que Veríssimo suscita na crônica é o conhecimento do mundo e todo o caleidoscópio que o mesmo lhe proporciona. Aventuras, angústias, paixões e revelações formam um grande leque perceptivo, onde cada qual estabelece relações do texto com vivências pessoais. O conhecimento textual também está presente quando o leitor usa a inferência para saber que naquele caixão estava um espelho, pois não lemos somente palavras e sabemos que ler é atribuir sentido aos afetos. O fator implícito da inferência torna o leitor proficiente a partir da compreensão do mundo que habita o fundo da sua alma. O conhecimento linguístico também foi contemplado quando o autor escreve em letras garrafais o significado da mudança em você o “único responsável por ela”, apelando para uma ressalva através do negrito.
“ Só se compreende o que não se conhece a partir do já conhecido” Assumir a autossabotagem, bloqueando crescimento, impedindo progressos e vitimizando-se faz do espelho um reflexo macabro de sua alteridade. Bem como, agir com propósito progressista visando qualidade das relações holísticas, é chamar para si a responsabilidade de ser feliz, estável, é saber a que veio