A pré-história dos números Resumo
• No tempo em que o número era “sentido”
Houve um tempo e que o ser humano não sabia contar, e isto pode ser ainda presenciado em algumas culturas, ditas “primitivas”. Nestas culturas, o conceito de número abstrato não é percebido, e o número na verdade é “sentido”, de uma forma qualitativa, como um cheiro, uma cor, um sabor. A contagem numérica propriamente dita, só consegue ir até o um e o dois, e as vezes prosseguindo até o três e o quatro. A partir daí, passa a ser “muitos”, ou seja, não existe capacidade de contabilizar de forma precisa, pois as possibilidades numéricas destas culturas se reduzem a percepção direta do número.
• Um e dois: os primeiros números
Assim como estes povos citados anteriormente, o homem primitivo deveria ser incapaz de conceber os números em si mesmos. A diferenciação no máximo devia ser entre a unidade, a dualidade e a pluralidade. Pode ser percebido ainda em algumas línguas atuais, mas principalmente em formas arcaicas de línguas modernas, identificação nítida entre o singular, o dual e o plural. Em escritas pictográficas, como no Egito do tempo dos faraós ou do chinês antigo, pode ser percebida a diferenciação entre um objeto (usando um símbolo), dois objetos (representado por dois símbolos), e três símbolos representando a pluralidade, ou seja: muitos, vários.
• Número e a criança pequena
O desenvolvimento do sentido numérico da criança pode ser comparado às diversas etapas da evolução da inteligência humana.
Entre 6 e 12 meses, a criança pode reunir num único grupo alguns objetos ou pessoas familiares, e pode perceber a ausência de alguma coisa, mas o número propriamente sentido não é ainda concebido de modo abstrato.
Entre doze e dezoito meses, a criança pode fazer distinção entre o um, dois, e muitos objetos.
Entre dois e três anos, a criança desenvolve o uso da fala, e aprende a nomear os primeiros números.
• Os limites da sensação numérica
Alguns animais