A PROFISSÃO DE SERVIÇO SOCIAL NA PERSPECTIVA DOS PROFISSIONAIS DE UMA INSTITUIÇÃO GOVERNAMEMTAL DA ÁREA DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO

INTRODUÇÃO

Este trabalho de conclusão de curso (TCC) é resultado de uma pesquisa realizada em 2006 numa instituição de Governo da área de saúde do Estado de Pernambuco, cumprindo exigências da disciplina pesquisa em Serviço Social 2. A referida pesquisa objetivava conhecer as atividades desenvolvidas pelos assistentes sociais que atuam na área de planejamento dessa instituição e o modo como esses profissionais relacionam essas atividades ao Serviço Social.
A área de saúde despertava nosso interesse e foi com a motivação de buscar setores que dispusessem de assistentes sociais com disponibilidade para supervisionar o estágio curricular obrigatório – a se iniciar naquele semestre – que surgiram os questionamentos condutores da pesquisa.
Nos primeiros contatos, nos foi informado por um assistente social da instituição que profissionais de Serviço Social que ali possuem vínculos, seriam encontrados apenas nas unidades executoras das políticas do setor. Afirmou ainda, que o planejamento, segundo sua compreensão, não constitui campo de trabalho para o assistente social, por isso considerava não estar no exercício da profissão.
Tais afirmações exerceram um grande impacto sobre nós, levando-nos a questionar o alcance dos movimentos de ruptura e reconceituação do Serviço Social, e dos avanços na produção intelectual da categoria ao longo de seu amadurecimento teórico-prático e ético-político e sua importância para a afirmação profissional. Como podem os estudantes aprofundar o aprendizado da prática profissional, se assistentes sociais com os quais convivem na experiência de estágio precisamente com aqueles que se encontram numa posição institucional “privilegiada”, apresentam preconceito quanto ao exercício profissional?
Atitudes como estas, reforçadas por discursos de que o Serviço Social como profissão subalterna, ocupa-se apenas do atendimento de usuários na execução das políticas sociais, podem ser desastrosos para o estagiário, não só pelo desestímulo, mas