A problemática da simbiose mostrada nos filmes “Pecados Incocentes” e “Loverboy”
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A problemática da simbiose mostrada nos filmes “Pecados Incocentes” e “Loverboy”A grosso modo, podemos dizer que a grande diferença entre a relação mãe-filho mostrada nos filmes “loverboy” e “Pecados inocentes” é que no primeiro a relação simbiótica foi rompida, enquanto que nos segundo foi mantida, manifestando toda a sua capacidade destruidora. Não pretendo comentar os filmes, já conhecidos por nós. Deter-me-ei na questão da relação simbiótica em si.
Começo comentando a relação simbiótica não desfeita, de “Pecados Inocentes”. Bárbara, totalmente distante do marido, portanto solitária, mantém o filho Tony preso em uma relação simbiótica da qual ele não consegue escapar. O distanciamento quase total por parte do pai acrescenta novos conflitos ao garoto. Já adulto, Tony, homossexual assumido, enfrenta uma rejeição clara e ainda maior por parte do pai. A mãe o rejeita veladamente, talvez porque o queria como um substituto do marido, que é ausente. Ela quer um homem ao seu lado.
Ora, simbiose é morte! É morte porque enquanto que na relação de objeto temos dois, na simbiose temos apenas um. Quem desaparece é o sujeito. Assim, permanecer no indiferenciado é permanecer no “um”, o que constitui a morte do sujeito. Freud nos ensina que a pulsão de morte arrasta para a simbiose; a pulsão de vida, não. Tony é destruído pela relação simbiótica com Bárbara. Ele não existe; sua mãe obsessiva “rouba” sua personalidade, seu eu. Sua personalidade torna-se tão vazia quanto a da mãe. Ele se “dissolveu” nela; não existe como sujeito diferenciado dela. Por fim, podemos dizer o caos se instala, nas personalidades e na relação: o ápice da loucura se mostra quando mãe e filho dividem a mesma cama com um outro rapaz. Bárbara molesta o próprio filho, tenta transar com ele, mas ao perceber que ele não ejacula, ela o masturba.
Margareth Mahler diz que a psicose é uma defesa contra a simbiose. Isso vemos em Tony, claramente, que vai se mostrando psicótico. Se a relação com a imago