A pop art e a industria cultural de Adorno

A Pop Art e o conceito de Industria Cultural de Adorno

Depois do fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo se viu em um cenário de mudança, principalmente por conta dos Estados Unidos. Eles começaram a se reerguer economicamente com políticas para aumentar o poder aquisitivo e assim fazer com que a população comprasse mais, isso gerou um consumismo totalmente exagerado e a soberania dos Estados Unidos sobre os outros países. O Pop art é um movimento que surgiu nesse contexto econômico e social do mundo, teve inicio em terras inglesas na década de 50, mas teve seu ápice nos anos 60 nos Estados Unidos. Surgiu com o objetivo de ser algo diferente da arte moderna, fazendo uma critica, na maioria das vezes irônica, a indústria de massas e à vida cotidiana materialista que a sociedade por completo se via inserida.
Andy Warhol foi a maior figura do movimento Pop art, pois, além de suas obras transmitirem a essência do movimento, sua vida e seu jeito de ser também fazia parte de sua arte. Suas obras eram mais do que uma visão irônica da cultura de massa, eram também uma apropriação ao cenário consumista e materialista. Ele tinha uma espécie de compromisso com o mercado, já que para ele tanto o artista, tanto suas obras eram objetos do consumo capitalista, com isso a sua arte era algo acessível a todos, algo que fugia da arte moderna, no qual a arte era acessível apenas para os próprios conhecedores da arte. Para Warhol em uma cultura de massas nada mais justo do que uma arte em massa.
Fazendo uma analise do contexto social no qual a pop art foi desenvolvida, pode-se ver que fazia uma critica a certas coisas que filósofos já falavam décadas antes. A época era de cultura em massa, do culto às pessoas famosas, às fotos, à produção publicitária, tudo o que Theodor Adorno, filósofo alemão, já falara, ou seja, indústria cultural. O conceito de indústria cultural para Adorno era o de haver consumismo da parte da população por meio da cultura e da propaganda, fazendo com que