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A política externa brasileira
A política externa de qualquer país – e o Brasil não é exceção – deve ter sempre em conta três indagações, cuja resposta norteia as diretrizes e a ação diplomáticas.
Em primeiro lugar, o que o Brasil deseja obter do seu relacionamento com o meio internacional? A resposta, evidentemente, não se pode resumir em poucas palavras. De modo geral, entretanto, parece correto dizer que, no caso do Brasil, o objetivo principal é conseguir do intercâmbio externo elementos úteis à realização da meta prioritária do desenvolvimento, tanto em sua dimensão econômica e social, como em áreas como direitos humanos, políticas públicas e meio ambiente. Em síntese, elementos que sirvam ao desenvolvimento na acepção mais abrangente do conceito. As parcerias externas são um complemento indispensável para os esforços de desenvolvimento, embora não tenha deixado de ser verdade que o fator determinante continuam a ser as boas políticas internas.
A segunda pergunta é como o Brasil deseja relacionar-se com a comunidade internacional? A resposta básica pode ser encontrada em princípios que tradicionalmente têm orientado a nossa política externa, como os da não intervenção, respeito à autodeterminação, não ingerência em assuntos internos, e solução pacífica de controvérsias. Invocar tais princípios não equivale a afirmar que os mesmos sejam hoje utilizados da mesma forma como no passado. Ao contrário, embora a