A politica externa e a cooperação Sul-Sul
Na década seguinte, o Movimento dos Não Alinhados apoiou as iniciativas para uma Nova Ordem Econômica Internacional, na qual os países em desenvolvimento pretendiam ter uma inserção mais igualitária na economia mundial, em oposição ao predomínio dos dois polos EUA e URSS. Em 1978, no âmbito da UNCTAD, realizou-se na Argentina uma conferência envolvendo 138 países, avigorando a Cooperação Sul-Sul. O Plano de Ação de Buenos Aires (PABA), documento no qual o termo “cooperação horizontal” aparece pela primeira vez, promovia a cooperação técnica entre países em desenvolvimento. A partir de 1978, o Brasil foi chamado a promover uma expansão dessa atividade, que foi se tornando uma importante ferramenta da política externa e da projeção internacional do país.
Desde então, líderes regionais como Brasil, Índia e China vieram a ocupar uma posição estratégica na articulação entre os países do Sul e ensejam um novo modelo de cooperação, supostamente estruturado a partir dos princípios da horizontalidade e da não imposição de condicionalidades, e orientado pelas demandas e necessidades do país parceiro.
Apesar das iniciativas de cooperação já fazerem parte da política externa brasileira desde os anos 1950, foi somente no final da década de 1980 que se criou a Agência Brasileira de Cooperação, a ABC. Nesse momento, o