A pesca
O ministro Marcelo Crivella, da Pasta da Pesca e Aquicultura, está levando adiante um projeto do governo federal que tem como meta estimular a pesca artesanal e buscar o fim da atividade pesqueira predatória. Segundo ele, o pescador vende a preços muito baixos sua produção por não dispor de meios de armazená-la. Com isso, quem acaba realmente ganhando com seu trabalho são os intermediários, que fazem com que o produto final chegue bem mais caro ao consumidor final.
Para combater a pesca irregular e nociva à natureza, está sendo implementado o Plano Nacional de Prevenção e Combate à Pesca Ilegal. A ação contará com a participação dos comandos da Marinha, do Exército, da Aeronáutica e terá também órgãos ambientais no planejamento e execução das atividades. Além da proteção da fauna marítima na área do litoral, o projeto quer incentivar a criação de peixes em rios, lagos, lagoas e reservatórios. Outra medida importante em elaboração é o Plano Safra para a pesca, com alocação de R$ 6 bilhões ao setor por meio do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf). Serão ainda mais R$ 300 milhões para o orçamento do Ministério da Pesca para Assistência Técnica e Extensão Rural e R$ 100 milhões para pesquisas, como as que apontam no sentido da criação do banco genético com o fim de repovoar rios e lagoas. Atualmente, são 37 espécies em risco de extinção e o ministério quer evitar que isso ocorra.
O brasileiro ainda consome muito pouco peixe em relação ao consumo de outros tipos de carne. Produzir mais e melhor, sem causar danos às espécies de peixes que habitam rios e mares, pode fazer com que esse alimento saudável entre de vez na mesa da população. A pesca sustentável também pode ser meio de sobrevivência digna de famílias carentes que têm nela a fonte de renda.