A percepção das mães dos recém nascidos acerca da triagem neonatal
O Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) para pesquisa da fenilcetonúria, do hipotireoidismo congênito, da fibrose cística, anemia falciforme e de outras hemoglobinopatias, conhecido como teste do pezinho, criado e implementado pela Portaria do Ministério da Saúde GM/MS nº.822/01 (BRASIL, 2001), tem como objetivo detectar e tratar precocemente essas doenças, prevenindo seqüelas como a deficiência mental.
Segundo Negri (2002), o PNTN é um processo que envolve as estruturas públicas nos níveis de governo municipal, estadual e federal, proporcionando uma mobilização ampla em torno das ações relacionadas à triagem neonatal como um programa de saúde pública no Brasil. A sua estruturação é baseada no credenciamento de Serviços de Referência em Triagem Neonatal/Acompanhamento e Tratamento de Doenças Congênitas (SRTN), e há pelo menos um em cada estado brasileiro.
Segundo Brasil (2001), trata-se de um Programa porque todos os bebês com diagnóstico positivo para alguma das doenças pesquisadas recebem tratamento especializado. É preciso considerar que no primeiro momento, da coleta de sangue para o teste do pezinho, é muito importante que a mãe segure o filho no colo, pois assim o bebê se sentirá protegido pelo abraço da mãe, ela se sentirá mais potente em proteger o filho, e a própria coleta ocorrerá de forma mais rápida e eficaz, porque, com o bebê em pé, o sangue concentra-se mais no pezinho, e a qualidade da coleta também melhora. Essa interação proporciona ainda uma educação em saúde quanto ao exame, tirando da mãe e até dos familiares e amigos eventuais receios que possam existir em relação à coleta.
Para haver prevenção, é necessário que haja primeiro a informação, que as pessoas saibam o quê estão prevenindo e como prevenir. O teste do pezinho é um exame preventivo do retardo mental e de outras seqüelas, mas muitas pessoas ignoram este fato tão importante porque não foram avisadas. Neste sentido, a equipe de enfermagem tem participação