A padroeira do
A propriedade era cortada por um riacho chamado Arroyo de La Virgem e no cume da Serra Del Pintado, havia um oratório com uma imagem de Nossa Senhora, representando a Virgem subindo aos céus, levada pelos anjos (inspirada na “Assunção”, de Murillo).
Em 1767 os Padres Jesuítas foram expulsos da Espanha e também de toda a América Latina. O povoado, que era próspero, decaiu tanto que mais tarde, quando o novo pároco, Padre Santiago Figueiredo tomou posse, não restavam mais do que cinco famílias no local, em um terreno improdutivo e estéril.
O povo, porém, não esqueceu a milagrosa imagem, construindo uma rústica capela de palha e barro.
No dia 19 de abril de 1825, desembarcaram na praia da Agraciada, trinta e três homens comandados pelo general Antônio Lavalleja que pretendiam libertar a pátria, sob o lema: “Liberdade ou morte”. Conquistaram Soriano, Colonia, San José, Guadalupe e Florida. Instalaram em junho um Governo provisório e, conforme o costume daqueles tempos, foram à Igreja para implorar o auxílio de Deus e de Sua Santíssima Mãe para a nova pátria uruguaia.
Na mesma cidade de Florida, no dia 25 de agosto de 1825, reuniu-se a Assembléia Nacional Constituinte da República Oriental do Uruguai para declarar a sua independência.
Depois de lida a ata, todos, governantes e povo, se dirigiram à Igreja e ajoelharam-se diante da pequena imagem da Virgem, colocando a pátria sob a sua maternal proteção. Diante da imagem foi colocada uma bandeira tricolor. Comandantes e soldados dobraram reverentes os joelhos. O povo, que enchia a praça maior, o exército e o novo governo lotaram a Igreja para o solene canto do “Te Deum” (Ação de Graças) e o pároco deu a benção aos heróis e ao povo.
Quando algo nasce da espontaneidade, não se pode definir uma data