A origem dos astros
UNICAMP
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
O ARTIFICIALISMO INFANTIL: A Origem dos Astros
Aluna: Adriana Maria Corder
Campinas, abril de 1999
Introdução
O artificialismo infantil
Este termo foi tomado por empréstimo de um estudo que Brunschvicg consagrou à física de Aristóteles. Existe uma tendência que leva a conceber as coisas como resultado de uma “fabricação” transcendente, que Brunschvicg chama de “artificialismo”.
O artificialismo infantil consiste em considerar as coisas como o produto da fabricação humana. Este termo é empregado para designar a tendência a confundir a causalidade material com a fabricação humana.
Encontra-se, no pensamento da criança, um dualismo entre o anismismo e o artificialismo: por uma parte as coisas são vivas, mas por outra, são fabricadas.
Portanto, é necessário estudar as explicações que as crianças dão à origem das coisas.
Este trabalho delimita-se a verificar as explicações que as crianças dão sobre a origem dos astros.
A origem dos astros
Na verdade, não existem questões absurdas para as crianças. Imaginar de onde saiu o sol não as embaraça mais do que imaginar de onde vêm os rios, as nuvens ou a fumaça. As questões das crianças demonstram, por exemplo, que seu interesse liga-se aos problemas relativos aos astros, e a própria maneira como as crianças colocam estas questões indica quais as soluções a que serão levadas por elas próprias (Piaget,1926, p.207).
A pesquisa seguinte diz respeito à respostas espontâneas das crianças e, tem como objetivo, avaliar suas representações relativas à origem dos astros, verificando, como descrito anteriormente, a tendência a considerar os astros como produtos de uma fabricação.
Os estágios
Segundo Piaget, pode-se distinguir no desenvolvimento das representações relativas à origem dos astros três estágios mais ou menos nítidos. São eles:
1. Primeiro estágio - tendência