A organização do espaço em sala de aula e sua influência no processo ensino aprendizagem
Utilizando apenas as quatro paredes de sala de aula, de forma tradicionalista, o professor não será capaz de oferecer um ensino qualitativamente adequado aos seus alunos, pois a sala de aula é um lugar que deve ir além do conteúdo, um lugar onde o educador leve seus alunos a reflexão, experimentação, levando o discente a participação do processo ensino/aprendizagem, e para tanto é necessário também trabalharmos a partir da configuração física de sala de aula para que possamos trabalhar e desenvolver práticas pedagógicas mais eficazes. (Garcia e Ribeiro, 2011; Morais, 2008; Perrenoud e Philippe, 2000).
A organização do espaço físico possui estreita relação com a dinâmica de trabalho do professor, pois é no contexto da sala de aula que desenvolvemos vínculos, comportamentos e atitudes criamos hábitos, assimilamos valores, compartilhamos nossas vivências, construindo nosso conhecimento. (Nagy e Machado, 2011; Teixeira e Reis, 2012).
Cada tipo de agrupamento que podemos propor em sala de aula comporta vantagens e desvantagens, possibilidades e potencialidades educativas diferentes. No modelo de sala de aula, onde as carteiras são enfileiradas umas atrás das outras, corresponde a uma prática mais tradicionalista. Essa configuração faz com que os indivíduos fiquem estanques entre si, não proporcionando contato entre os alunos. (Teixeira e Reis, 2012; Zabala, 1998).
A abordagem tradicional trata-se de uma série de conceitos, tendências e práticas educativas que ao longo do tempo foram transmitidas e persistiram, sendo então nossa referência de ensino tradicional e até hoje é utilizada nas escolas. Esse modelo de ensino é muito criticado, pois não favorece a interação entre alunos e não possibilita uma grande interação com o professor, visto que o estudo está centrado no educador, ou seja, o aluno é aquele que recebe as informações