A oraçao pelos defuntos
Faculdade de Teologia
Mestrado Integrado em Teologia (1.º grau canónico)
JULIEN ESTEVES PIRES
Oração pelos defuntos: união da Igreja Celeste com a Igreja Peregrina
Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Seminário de Metodologia sob orientação de:
Mestre Luís Miguel Figueiredo Rodrigues
Braga
2013
Índice
Introdução A escolha do tema da oração pelos defuntos: união entre a Igreja celeste e a Igreja peregrina foi imediata durante a leitura da Constituição Dogmática Lúmen Gentium pois a Escatologia sempre foi um tema que me despertou interesse devido aos mistérios que ela possui e a sua incompreensão, pois uma pergunta me tem guiado desde uma parte da minha vida que é: Como poderei estar em comunhão com alguém que faleceu que me era próximo? A pesquisa de obras para a realização do trabalho não será difícil devido a clareza do tema. Começarei este trabalho com o que a morte significa para nós. Elaborarei também um capítulo acerca do Purgatório. Sendo a oração pelos defuntos um ato importante para a própria Igreja tanto peregrina como celeste dedicarei um capítulo dedicado a importância da oração pelos falecidos. Por último farei referência a alguns cânones do Catecismo da Igreja Católica para expor as diferentes etapas da celebração das Exéquias.
1. A Morte
Falar da morte é bastante difícil porque achamos que quando falamos dela estamos perante ela, aproximámo-nos: “O homem ainda não consegue discutir a morte de forma explícita; por isso, escamoteia sua presença, tornando-a um tabu”1. A nossa sociedade nunca pôs num patamar tão alto a juventude e o progresso, pois ambos nos mantêm a margem da ideia de morte. Essa torna-se uma espécie de doença a vencer, mas essa forma de pensar introduzida pela nossa sociedade hoje é um erro, pois a morte é um acontecimento inevitável e faz parta da nossa vida quer queiramos quer não, pois ninguém