A OPORTUNIDADE DE SOLU O PELA VIA REGIONAL
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A OPORTUNIDADE DE SOLUÇÃO PELA VIA REGIONAL De acordo com a Escola de Copenhague ou corrente abrangente dos estudos sobre segurança da disciplina das Relações Internacionais (BUZAN; WÆVER; WILDE, 1997, p. 21-47), os tipos de questões existentes nas relações entre dois ou mais países podem ser analisados dentro de um espectro que parte do “não politizado” e vai até o “securitizado”, passando pelo “politizado”. Para que uma questão seja tratada como de segurança, as partes envolvidas devem percebê-la como tal e expressar1:43am
Rafael d'Jesus preocupação pela sobrevivência de algum objeto referente9 , revelando disposição em utilizar medidas emergenciais, fora das fronteiras normais da política, para intervir em seu favor. Caso o público aceite o discurso e também reconheça haver uma ameaça em potencial envolvendo determinado objeto, a securitização é completada, tornando-a uma questão prioritária da relação entre dois países. Numa questão politizada, por sua vez, seu tratamento é feito publicamente, exigindo decisões governamentais e alocação de recursos. Contudo, nesse caso não há ameaça à existência de objeto referente, portanto ações extraordinárias não são justificadas. Por fim, uma questão não politizada não é sequer tratada em nível estatal pelas partes. A respeito da questão fronteiriça entre Guiana e Venezuela aqui apresentada, os fatos apontam que, ao longo de todo seu desenvolvimento desde o final do século XIX, ela foi tratada com a utilização de mecanismos pacíficos de solução, quais sejam, a negociação direta, a arbitragem e os bons ofícios. Dessa forma, a análise revela que, na maior parte do tempo de sua existência, a questão esteve no campo da politização, no sentido de estar sempre presente nas relações entre Guiana e Venezuela, mas sem uma percepção de ameaça iminente à integridade territorial de alguma das partes e se desenvolvendo com os devidos encaminhamentos diplomáticos. Houve dois períodos, no entanto, em que o litígio foi securitizado, ou