A Onda
Então Rainer, sem opções, inicia sua aula sobre o modelo de governo. E percebe que elas não serão tão entendiantes quanto pensava quando um aluno faz uma afirmação que abre esse texto: “É impossível surgir uma comunidade fascista nos dias de hoje.”
‘Uma pessoa ou um grupo delas com grande poder de comando, inclusive para alterar as leis’. É assim, passo a passo, com definição e tudo, que Rainer começa a montar um processo totalmente lúdico de como é e como se constrói um sistema autocrático e com participação total e direta dos alunos. Estes participam tão entusiasticamente que começam a atrair os estudantes da aula do outro curso, contrariando a expectativa que se espera deles: de se interessarem muito mais por anarquia do que por autocracia
Professor e estudantes começam, então, a construção de um grupo com características próprias definidas por eles: desde o uniforme adotado (camisa branca e jeans básico), a identificação estilizada, os cumprimentos ou nome que dá título à produção alemã. Começa um tratamento cordial ao líder, que não é mais o professor Rainer e sim o senhor Weiner entre outros comportamentos definidos ali na classe.
Pouco a pouco vê-se a formação homogênea do grupo. Não há mais diferenças entre os alunos que se passam a aceitar uns aos outros, independentemente da tribo que cada um veio. E esse entrelaçamento forte visto entre eles é perfeitamente observado em uma cena quando um deles, Tim Stoltefuss ( aquele que poderia ser perfeitamente chamado de nerd), é intimado por dois rapazes e acabam sendo hostilizados por ‘membros de A Onda’ que prestavam atenção no que ocorria a