a olinda
Se já no passado sofriam as mulheres que não conseguiam procriar, hoje continuam sofrendo, com os mesmos motivos e ainda por vários novos. Algumas preferem o sucesso à maternidade. Sofrem porque o sucesso profissional chega, mas a juventude passa sem terem se tornado mães; Quando algumas tardiamente ainda resolvem se casar ou resolvem ser mães solteiras, precisam passar por séries de exames tentando evitar riscos aumentados pela própria natureza; Sofrem também se resolvem se casar 'cedo', pois a sociedade cobra delas filhos que não querem ter ou não querem ter ainda; Sofrem porque sonham com o príncipe encantado que muitas vezes se sente intimidado com o mulherão bem resolvido, achando ele que elas são 'muita areia pro seu caminhãozinho'. Enfim, a mulher mudou, mas continua sofrendo muito e justamente porque é a única capaz de garantir o futuro da humanidade. Isso é um peso enorme, não acham? Tremendo! Tamanho que deve (imagino!) causar a elas, independente da idade, dos sonhos, das realizações e projetos, um estresse referente à essa responsabilidade como se dentro delas o relógio biológico as impedisse de serem realmente livres para escolher. Aí que a mulher de hoje é mais complicada, pois o tempo passa pra todas e há essa cobrança latente. Elas estão mais resolvidas, mas guardam dentro de si o medo contínuo da não adequação total ou da não 'realização' total. E por covardia de muitos, isso é jogado a toda hora em suas caras.
Acho