A natureza do SSO
DUAS TESES SOBRE A NATUREZA PROFISSIONAL
Existem duas teses que explicam a origem do Serviço Social como profissão, elas trazem uma discursão sobre o surgimento da profissão, se divergindo entre si. Segundo Montaño são: a tese Endogenista e a tese Histórico-Crítica. Endogenista /// “A origem do Serviço Social na evolução, organização e profissionalização das formas ‘anteriores’ de ajuda, caridade e da filantropia, vinculada agora à ‘questão social’”. Considerado como o Serviço Social Tradicional, os filantropos precisaram se organizar teórico-metodologicamente para instituir uma profissão, com bases nos ensinamentos da Igreja Católica, com apoio do Estado e da Burguesia, tendo sua legitimação pelos pobres. Diferentemente do apoio politico e econômico, seu nascer não se relaciona com esses fatores, muito menos com o contexto histórico. Isso dá uma visão particularista ou focalista, pois tem sua origem diretamente ligada por aspectos particulares. Histórico-Crítica /// “A implementação das políticas sociais estimulou a criação de diversas novas profissões “especializadas”, dentre as quais o Serviço Social aparece para desempenhar seu papel”. Se opondo a primeira tese que acredita que o seu surgimento nada tem haver com contexto social, econômico e politico. Esta tese acredita que esses fatores são primordiais para o seu surgimento, os dois últimos, que são a base da reprodução material e ideológica da classe dominante, no período do capitalismo monopolista, no qual vinha de um contexto em que a classe operaria lutava por seus direitos, tornando-se uma ameaça ao sistema. Esses elementos foram fundamentais para um profissional ter uma “identidade atribuída” a burguesia, para ocultar as contradições e desarticular as reivindicações, aliados ao Estado e a Igreja, tendo sua legitimação através das politicas públicas como enfretamento a “questão social”.
Segundo Iamamato, o profissional desempenha basicamente as funções de cunho