A Mão-de-Obra na Empresa Açucareira
O plantio da cana e a produção do açúcar exigiam o trabalho de muita gente. A princípio, foi utilizada a mão-de-obra indígena. No entanto, quando esta economia provou sua alta rentabilidade, utilizou-se a mão-de-obra africana, o que possibilitou a Portugal mais uma fonte de lucros: o tráfico de escravos negros. Portanto, a solução mais lucrativa para o problema da mão-de-obra no Brasil foi a escravização do negro africano. E os principais interessados na implantação da escravidão negra no Brasil eram os "donos" do tráfico negreiro. Os traficantes traziam os escravos negros das colônias portuguesas da África, transportando-os pelos mares em navios conhecidos como navios negreiros. Chegando ao Brasil, os escravos eram vendidos, por altos preços, ao diversos interessados. O tráfico negreiro foi um dos setores mais lucrativos do comércio colonial. Os lucros obtidos com a compra e venda de escravos iam para a Metrópole: para a burguesia envolvida nesse comércio e para o rei na forma de impostos. Impulsionado pelo sistema colonial, o tráfico negreiro era a principal fonte de fornecimento de mão-de-obra para a empresa açucareira.
O início da efetiva ocupação territorial da colônia, a partir de 1530, fez com que Portugal estabelecesse sua primeira empresa colonial em terras brasileiras. Em conformidade com sua ação exploratória, Portugal viu na produção do açúcar uma grande possibilidade de ganho comercial. A ausência de metais preciosos e o anterior desenvolvimento de técnicas de plantio nas Ilhas do Atlântico ofereciam condições propícias para a adoção dessa atividade.
Mesmo possuindo tantas vantagens, o governo português ainda contou com o auxílio da burguesia holandesa. Enquanto Portugal explorava economicamente as terras com a criação das plantações e engenhos, os holandeses emprestavam dinheiro e realizavam a distribuição do açúcar no mercado europeu. Tal acordo foi de grande importância para a Coroa