A mão de obra escrava
DADOS E ARGUMENTOS: A mão de obra escrava urbana se refere a exploração na remunerada da força de trabalho de um indivíduo numa determinada cidade, estando desprovido de seus direitos e exposto a péssimas condições de vida e laborais. Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), atualmente a mão de obra escrava é resultado do trabalho imposto sob ameaça ou à tarefa forçada executada involuntariamente.
O campo não é mais o único local para a exploração forçada de mão de obra não remunerada e não assegurada em plenos direitos, os principais centros urbanos do mundo e do Brasil tem recebido expressiva quantidade de trabalhos, muitas vezes, imigrantes em busca de melhores oportunidades aliciados por falsos agentes de turismo e emprego. No Brasil, tem se destacado a presença de trabalhos bolivianos em grandes cidades como São Paulo.
Imigrantes de origem andina foram encontrados pelas autoridades brasileiras trabalhando em jornadas de até 16 horas, em locais sem janela e de baixa luminosidade. Os bolivianos, na maioria dos casos, eram submetidos a trabalhos de confecção de tecidos e mantidos sob ameaças e dívidas impostas pelo próprio “patrão”.
O endividamento para o pagamento de água, luz e comida os mantinham atrelados às confecções e presos sob portões trancados.
A Bolívia tem ocupado a 113ª posição no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) publicado periodicamente pela ONU, sendo a pior posição entre os países da América do Sul, e frente a crise econômica e política que o país atravessa o Brasil tem sido o principal refúgio para os trabalhadores bolivianos.
Os falsos agentes que aliciam os trabalhos são chamados de “coiotes” e mantêm esquema similar dos coiotes que atuam na fronteira EUA – México, já atravessada por mexicanos, cubanos e sul-americanos, incluindo brasileiros até os anos 2000.
As principais porta de entrada para o Brasil são as cidades de Corumbá, Mato Grosso do Sul; Guajará-Mirim (Amazonas),