MÃO- DE- OBRA ESCRAVA NO BRASIL COLONIAL
INTRODUÇÃO
Durante quatrocentos anos a escravidão assombrou o Brasil colônia. A característica da economia decidiu o tipo de escravidão e determinou o futuro de um país.
O período de escravidão no Brasil é considerado o momento de maior crueldade histórica. Cenas de punições e torturas eram muito frequentes no cotidiano do Brasil colônia, época em que os negros eram considerados mercadorias rentáveis e de raça inferior.
O descobrimento do Brasil acontece em 22 de abril de 1500, quando as caravelas de Pedro Álvares Cabral chegaram ao Brasil. Porém, com a divisão administrativa que foi feita, as chamadas Capitanias Hereditárias, e o alto custo de manutenção, o país só começou a ser colonizado de fato trinta anos depois, com a fundação das primeiras vilas e a introdução da cana-de-açúcar e a escravidão africana como principal fonte de lucros.
O primeiro povo a ser escravizado foram os indígenas. Sua principal função era a extração de pau-brasil, madeira usada para a fabricação de tinturas. O trabalho era considerado compulsório e para compensar as horas trabalhadas os índios trocavam mercadorias, uma prática conhecida por escambo. Com a necessidade de proteger a colônia de invasões e introduzir uma atividade econômica produtiva na região os portugueses decidiram implantar os engenhos de cana-de-açúcar, matéria-prima com grande aceitação na Europa e que se adaptou muito bem ao clima brasileiro.
Depois de instalar os engenhos de açúcar na colônia, por uma questão econômica e a necessidade de mão de obra qualificada para trabalhar nos engenhos, Portugal começa a investir no tráfico de escravos. O primeiro navio de escravos chega a Salvador a partir de 1560. Para a historiadora Marli Geralda “A característica da economia decidiu o tipo de escravidão, o africano era considerado como uma coisa que falava”. “Duas forças permitiram que a escravidão permanecesse no Brasil: pressão externa (dos traficantes de escravos, comércio