A Máscara
Conner olhou em todas as direções e me orientou a pegar todo objeto pontiagudo de madeira que encontrasse.
Mexeu nas prateleiras das estantes e encontrou capas negras, que pareciam ser a proteção contra o frio e a chuva há alguns séculos atrás. Disse que o capuz nos ajudaria a esconder a identidade.
Mostrou-me as pequenas entradas de ar, afinal aquilo não podia ser micro janelas. Analisou-as com cuidado e disse que teríamos mais chance se escolhêssemos passar por uma que desse acesso ao interior da casa e não ao exterior. Infelizmente na minha concepção pareciam altas e estreitas demais.
Conner arrancou sua camisa suja e rasgada sem cerimonia. Jamais tinha visto seu tronco nu e preciso confessar que o rapaz não deixava a desejar. Se ele percebeu meus olhares, não deu pista. Tentei me concentrar no que faríamos, estava sendo indelicada, atrevida e inoportuna, oh Deus! O que havia de errado comigo? Estávamos correndo perigo e eu aqui, me deixando ser guiado por esses malditos hormônios femininos. Não, nada de errado comigo, era bem difícil não se embasbacar com tanta beleza ao meu redor. Tinha que me entregar a luxuria vez ou outra, afinal eu era humana, diferente deles.
O vampiro arrumou as “estacas” improvisadas no cós da calça. Vestiu uma das capas e me estendeu a outra. Coloquei-a, achando grande para meu tamanho. Obviamente não ficou tão bem em mim quanto nele, embora preferisse Conn como antes, sem a capa.
Num salto o rapaz destruiu a tela protetora do duto de ar e se posicionou ali, com a agilidade de um gato, deixando as mãos para me ajudar a subir.
— Arrume algo para fazer de degrau, pule e segure minhas mãos. – orientou. Arrastei com dificuldade um baú de madeira para baixo da pequena entrada. Subi sobre ela e saltei, porém minhas mãos nem chegaram perto das de Conner. Minha queda foi pequena e não me causou dano.
Peguei um caixote e posicionei em cima do baú.
Dessa vez as pontas dos meus dedos triscaram nos dedos dele, mas depois
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