A metadologia
Além de definir o fato social enquanto o objeto sociológico, Durkheim preocupou-se em estabelecer regras metodológicas para que os estudos desses fatos seguissem parâmetros científicos. Era preciso que a Sociologia fosse capaz de estudá-los de maneira semelhante, por exemplo, ao que fazia a Biologia quando estudava uma célula.
Durkheim criticava aqueles que, ao invés de observar, descrever e comparar os fenômenos sociais, contentavam-se em emitir opiniões e ideologias sem a menor base científica.
Mesmo antes do surgimento da Sociologia, dizia Durkheim, já era possível encontrarmos definições acerca do que era a moral, a família, o Estado e o direito. Mas para ele, esses eram conceitos grosseiramente formados e sem o rigor exigido pelo método científico.
Assim, se a Sociologia possuía a real intenção de se estabelecer como ciência, era preciso deixar de lado esses conceitos vulgares. Fazia-se necessário partir das coisas para as ideias, e não das ideias para as coisas, como estavam acostumados a fazer os pensadores da época.
Em resumo, era preciso admitir que os conceitos que se tinha dos fenômenos sociais, como a liberdade, a soberania e o Socialismo, eram, na verdade, pré-noções, conceitos do senso-comum, e que não podiam explicar cientificamente a realidade. Esses conceitos, segundo Durkheim, criavam uma espécie de cortina de fumaça que atrapalhava a visão da realidade e a apreensão da verdade.
Dessa forma, ele propõe partir do estudo dos fatos sociais para, em seguida, construir conceitos que realmente correspondessem à verdade, à realidade.
Durkheim constrói então algumas regras básicas para a observação dos fatos sociais. Vejamos: