A mata atlântica, os crimes ambientais e a luta para preservação do macaco muriqui.
Eder Wolney da Roza Gonçalves¹
¹Aluno da disciplina Fauna do curso de Especialização em Educação Ambiental da UFSM.
RESUMO
Este estudo teve como objetivo a coleta de dados sobre a Mata Atlântica, seu estado quando da colonização, as agressões sofridas ao longo do tempo, suas riquezas e sua cultura para situar, dentro deste contexto, a luta pela sobrevivência de um dos maiores símbolos desta mata, o macaco muriqui, o conhecimento superficial da legislação ambiental que trata da fauna e da flora, e alguns dos possíveis caminhos para a implantação de um desenvolvimento sustentável nesta mata. A destruição teve um efeito devastador sobre os animais da Mata Atlântica. Mais da metade dos 633 ameaçados de extinção vive na floresta, caso do muriqui, o maior primata das Américas. Maior símbolo da Mata Atlântica, o macaco muriqui representa como poucos o impacto de cinco séculos de devastação ininterrupta da floresta. Estima-se que na época do descobrimento, a população deste primata era de 400 mil exemplares. Hoje existem aproximadamente dois mil exemplares: verdadeiros sobreviventes do quase extermínio de seu habitat natural. O macaco é endêmico da Mata Atlântica, por isso o muriqui é apontado pelos especialistas como um dos cinco primatas brasileiros em maior risco de extinção. Esforços nacionais, tanto de entidades governamentais quanto de particulares, para salvar o primata que parecia condenado ao desaparecimento vêm sendo determinantes para sua conservação. A sensibilização do Estado, dos ambientalistas, estudiosos e moradores, quanto à questão da preservação do meio e do primata é possível, visto que há uma boa vontade em adotar novos hábitos ambientalmente mais saudáveis, com a utilização de práticas pedagógicas de educação ambiental.
Palavras-chave: Mata Atlântica, devastação, ecossistema, extinção, macaco muriqui, educação ambiental.
INTRODUÇÃO