A mansão Venuer

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O que eu mais me lembro daquele dia eram os cheiros inconfundíveis da cidade Do Porto, cheiro de mar…

A década de Setenta ficou conhecida como a década louca, no auge da guerra fria comunidades hippies aos poucos foram esquecendo o sonho de liberdade e esperança num mundo melhor. Na velha Inglaterra surgiam os punks mais agressivos mais idealistas e menos sonhadores o próprio retrato de uma época que deixara para traz a ingenuidade do flower power para se engajar nas lutas trabalhistas, uma juventude que estava crescendo com o fantasma da III guerra mundial. E eu era apenas um pobre musico recém saído da faculdade cheio de esperanças de sucesso e uns poucos trocados nos bolsos no meio desse redemoinho na cidade do Porto tentando encontrar um lugar barato para me hospedar, tentei me lembrar porque havia escolhido a cidade do Porto em Portugal ao invés de Nova York ou Paris, a verdade é que algo sempre me atraiu em Portugal e no ato da minha escolha alguns presságios me ocorreram, estava disposto a passar a noite num albergue depois de ter passado o dia inteiro procurando um lugar pra ficar sem nada ter encontrado quando meus olhos desviaram por alguns segundos para uma placa comum de livraria se não fosse pelo aviso pendurado na porta que dizia: Mansão Venueur, hospedagem gratuita mas só se você for artista. Informações aqui dentro. Era livraria Olho De Pan. Uma livraria de livros antigos muito comum na Europa, de imediato ao entrar na dita livraria conheci a atendente Soraya que me indicou o endereço da tal mansão. Senti um pouco de medo da parte dela em me dar qualquer tipo de informação principalmente quando se aproximou o proprietário da livraria e a afastou-a e pois se a me fazer mil peguntas que eu prontamente me pus a responder pois estava por demais cansado e queria logo resolver minha situação. Depois de ter conseguido o endereço da mansão me dirigi imediatamente para lá.
Chegando ao dito endereço fui recebido por um criado de nome Silvério que me

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