A Luta Pela Esperan A
James J. Braddock representa duplamente o trabalhador. No sentido simbólico, como um pugilista, uma vez que o trabalho é ação física, material, corpórea, muitas vezes dura e sacrificada. E no sentido concreto, como um homem que tem que trabalhar para viver, e que mesmo com dificuldades, é batalhador e determinado. A luta pela esperança (Cinderella Man)
Braddock iniciou sua vida como pugilista profissional aos 21 anos, em 1926. Teve um início arrasador, mas como é típico da profissão, um acidente abalou seu sucesso.
Daí para frente ele passa pelas piores situações, mas nunca perde a esperança de viver dignamente com a esposa e os três filhos.
O filme “A luta pela esperança” mostra sua trajetória e seu amadurecimento. De forma inteligente ele leva para o boxe valiosas lições de vida. As dificuldades o fortalece. O trabalho duro o fortalece.
Interessante notar como, até mesmo no boxe, esta profissão calcada na brutalidade, a inteligência e o equilíbrio psicológico são bem vindos.
A história real de James J. Braddock parece mesmo um filme. E caiu como uma luva para os roteiros com finais felizes de Hollywood. No bojo da avassaladora crise de 29, que jogou na lama milhares de estadunidenses, Braddock foi do fundo do poço aos píncaros da glória. Não à toa ficou conhecido como o Homem Cinderela.
Atores: Russell Crowe, Renée Zellweger, Paul Giamatti. 144 minutos.
Assisti a este filme já faz algum tempo. Provavelmente, um par de anos atrás. Mas nos últimos meses, por algum motivo, ele me veio à mente com insistência. Acudiam à lembrança as cenas do filme, sobretudo o título – a esperança –, que bem vale uma luta. A história lembra os filmes dos anos 30-40, aqueles que Frank Capra dirigia com seu otimismo à prova de bomba, empurrando os americanos a acreditarem no seu próprio país. Anos de depressão econômica, seguidos de guerras. O nosso filme situa-se exatamente nessa mesma época. Jim Braddock – encarnado no polivalente ator