A logística no brasil
Se olharmos como vem evoluindo a geração do valor econômico ao longo da história do homem, veremos que se inicia na extração vegetal e mineral, passa pela produção de bens e pelo fornecimento de serviços e chega à encenação de experiências, nos filmes, jogos e espetáculos em geral. Nesta trajetória, as posições competitivas passam a ser galgadas cada vez mais pela diferenciação do produto e pela integração das cadeias produtivas.
No ano passado, a indústria de entretenimento mundial igualou-se em movimentação de dinheiro e geração de empregos à indústria automobilística. Para nós, é extremamente simbólico, pois é a automobilística a indústria-mãe da Logística atual, a criadora do conceito de supply chain management (SCM) e a responsável pelos seus principais desenvolvimentos.
Isto vem ocorrendo nos últimos quarenta anos. Saímos de uma posição, na década de 60, onde o grande desafio era a produção dos bens, nos deparamos depois com as questões do preço e da qualidade, passamos pela fase dos serviços e da valorização das marcas, momentos onde a logística começou a se destacar, para chegarmos hoje na situação onde os diferenciais estão no valor agregado durante o processo, na força dos relacionamentos entre os parceiros da cadeia produtiva e na responsabilidade sócioambiental em relação ao meio, questões típicas para o SCM. Mas para onde vamos? O que vem depois do fast food, do caixa automático, do delivery e do email?
Hoje se fala em redes cooperativas, competitividade entre cadeias produtivas e 70% das empresas européias e americanas têm no seu primeiro escalão pelo menos um profissional envolvido com Logística e SCM. Um emblemático indicador destas mudanças é a alteração do nome da principal associação internacional da categoria, antes CLM – Council of Logistics Management, para CSCMP – Council of Supply Chain Management Profissionals. (www.cscmp.org)
Então, o SCM é uma evolução da Logística? É difícil fazer esta afirmativa,