A literatura em teoria
A literatura em teoria
Taísa Ana Montagna (UFMS)
COMPAGNON, Antoine. O demônio da teoria- Literatura e senso comum. Editora UFMG.
Antoine Compagnon engenheiro, formado pela escola Politécnica de Paris e doutor em Literatura. Atualmente é professor da Sorbonne e da universidade de Columbia, neste livro cita que a literatura varia conforme as épocas e as culturas ele descreve que para Aristóteles a arte poética compreende gênero épico e dramático, excluindo o gênero lírico, porque nele o poeta fala em primeira pessoa o que fez com que ele fosse julgado como um gênero menor essa fase marcou a idade clássica para a literatura. No século XIX a epopeia e o drama, ou seja, a narração e a representação com o tempo deixaram de usar o verso, para usar a prosa, fazendo com que o gênero excluído por Aristóteles, a poesia lírica se tornasse sinônimo de toda poesia de forma que a poesia do século XIX torna-se romance, teatro e poesia feita em relação à nação e sua história. Compagnon menciona que Thomas Carlyle via os escritores como heróis do mundo moderno. O cânone clássico eram obras modelo escritas por grandes escritores e dignas de ser imitadas por grandes escritores. Alguns poemas e poesias, por exemplo, só pertence à literatura por ter sido escritos por grandes escritores. O cânone é um conjunto de obras valorizadas por serem únicas e universais em seu conteúdo. Barthes ironicamente cita que “A literatura é aquilo que se ensina e que os clássicos são os que lemos em classe.” A literatura do século XIX ignora o leitor o qual considera literatura tudo o que lê desde livros de autoajuda a foto novelas. A crítica marxista une literatura e ideologia. A literatura produz entendimento social, é responsável por fornecer uma moral para a sociedade, num mundo materialista e anarquista, ela era fortaleza na barbárie, a literatura esclarece o povo.
O uso cotidiano da linguagem é estético e imaginário, a literatura explora o linguístico definindo assim o formalismo.