a linguagem da modernidade na literatura em lingua portuguesa
Introdução
A linguagem de hoje procura usar palavras simples e objetivas, de forma que até as pessoas menos estudadas compreendam o conteúdo. Antigamente a linguagem era mais rebuscada e regrada, hoje em dia, a linguagem está mais livre e ‘’solta’’. A linguagem da modernidade tanto na estética quanto na vida social apresenta um anticonvencionalismo temático, e inovação dos conteúdos que encontra correspondência também nesta linguagem. Além das inovações técnicas, a linguagem torna-se coloquial e espontânea, mesclando expressões da língua culta com termos populares, e o estilo elevado com o estilo vulgar. Há uma forte aproximação com a fala, isto é, com a oralidade, e geralmente desejam denunciar a realidade como ela é nua e crua. Assim, liberto da escrita nobre, o artista volta-se para uma forma prosaica de dizer, feita de palavras simples e que inclusive, admite erros gramaticais. O esforço redefiniu a linguagem artística que se unem a um forte interesse pelas temáticas nacionalistas.
Épura (Ronald de Carvalho)
Geometrias, imaginações destes caminhos da minha terra!
Curvas de trilhas, triângulos de asas, bolas de cor...
Círculos de sombras agachadas entre as árvores, cilindros de troncos embebidos na luz.
Geometrias, imaginações destes caminhos da minha terra!
Melancolicamente, nesta alegria geométrica, pingando bilhas polidas, o leque das bananeiras abana o ar da manhã .
Um pouco sobre Ronald de Carvalho:
Nascido no Rio de Janeiro, em 1893, cidade onde realizou os seus estudos, inclusive os de direito, aí também faleceu em 1935, vítima de um desastre de automóvel, ocupando na ocasião o cargo de Secretário da Presidência da República. Estudou também na Europa e, seguindo a carreira diplomática, esteve nos mais altos postos possibilitados pelo Itamarati.
Como Te Amo (Fernando Pessoa)
Como te amo? Não sei de quantos modos vários
Eu te adoro, mulher de olhos azuis e castos;