A Linguagem Corporal Reclusa ou a Teatralidade Precária: uma experiência estético-cênica nos presídios do Distrito Federal
O presente estudo trata da apreciação e análise das etapas de construção da prática ressocializadora, socioeducativa e psicossocial “A
Linguagem Corporal Reclusa ou a Teatralidade Precária: uma experiência estético-cênica nos presídios do Distrito Federal” A referida atividade realiza-se na FUNAP/DF (Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do Distrito
Federal), Complexo Penitenciário do Distrito Federal, Centros de Medidas
Socioeducativas e Núcleos de Atendimento Psicossocial. Constitui módulo de estudo, pesquisa e ações educativas em programa de formação docente e educação continuada1.
Esta prática ressocializadora é composta por ações pedagógicas em sala de aula no Componente Curricular Arte por meio de laboratório de expressão criadora, fundamentação teórico-metodológica com base nos estudos da sociologia e do fenômeno da prisionalização em Foucault, a penalização da pobreza em Loic Wacquant, as contribuições da psicologia por meio das
vertentes
epistemológicas
da
psicopatologia,
a
Pedagogia
Libertadora de Paulo Freire, as concepções de Teatralidade em Augusto Boal, a gestualidade minimalista em Grotowski, a vitalidade criadora de Jackson
Pollock, o movimento expressivo no método Laban de Dança e o laboratório de expressão em Olga Reverbel.
Relato descritivo da experiência
Atividade
desenvolvida
desde
o
ano
letivo
de
2006
com
experimentações atuais em regência de classe - componente curricular Arte – nas unidades de ensino do sistema penitenciário PDF I, PDF II e CIR na modalidade “Educação de Jovens e Adultos” – 2 e 3 segmentos (5 a 8 séries) e
Ensino Médio.
Cada aluno foi orientado a fazer observações e leituras sobre seu próprio corpo – “a marca da prisão no corpo”, “a reconstrução de si”, “o olhar aterrorizado”, “a cabeça abaixada”, “o ombro encolhido”,
1
“a vergonha e o
Muito Além das Grades: Formação de Educadores e