A lenda do camponês que queria ser rico

A lenda do camponês que queria ser rico. Há mais de 2000 anos atrás vivia um homem chamado Jacob na região da Galiléia. Ele foi a viva representação do ditado esotérico que diz que a realidade é feita da mesma matéria que os sonhos. Ele era muito pobre e não conseguia sustentar a sua família. Trabalhava de sol a sol, quase todos os dias. O sábado era para ele sagrado. Durante o dia sempre estava recolhendo as pedras para um novo plantio ou estava arando a terra. O pouco que produzia era alvo de altos impostos. Nesta época os fiscais do grande Império Romano taxava todos os produtos dos agricultores de uma maneira ferrenha e cruel. Jacob era um homem honesto e trabalhador. Certa vez ouviu falar de um homem que realizava muitos milagres. Diziam que era muito sábio. Era um tal de nazareno, filho de José. Todos que iam ter com ele ficavam fascinados pelas suas belas palavras. A pesar dele não ser uma pessoa que se podia chamar de bela, uma vez em sua presença, não se poderia achar pessoa mais fascinante e sábia. Um boato corre solto de que até mesmo Nicodemos, o líder do Sinédrio, aderiu ao caminho traçado pelo filho do carpinteiro. Ora, ora, depois dizem que nada de bom vem de Nazaré, isso é uma tolice. O povo fala demais! Pensou Jacob consigo mesmo. A pesar de humilde e de modestas posses, Jacob não era de se deixar levar pela conversa dos outros. Foi até onde o povo estava reunido em torno daquele homem fascinante. Ficou ouvindo de longe. Estava querendo ouvir alguma coisa sobre a sua pobreza material. Seria justo alguém passar por provações materiais? Seria pecado ser rico? Deus se agrada dos que andam na pobreza? Eram perguntas que Jacob queria ver respondidas. Jacob sentou em um banco que estava desocupado e de longe ouvia o nazareno falar: “Bem-aventuradosos os carentes do espírito, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventuradosos que choram, porque desde agora eles são consolados; Bem-aventuradosos mansos, porque só eles