A lavra e a mineração no brasil
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CAPÍTULO 1 A LAVRA E A INDÚSTRIA MINERAL NO BRASIL – ESTADO DA ARTE E TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS
Jair Carlos Koppe∗ 1. ESTADO DA ARTE
O mercado mundial de bens minerais vive um momento de extraordinário crescimento. A atratividade dos preços das commodities e a expansão da economia de diversos países emergentes redundou em forte aporte de investimentos na indústria de mineração. Observa-se a aplicação de investimentos voltados à exploração mineral, na busca de novos depósitos minerais e em projetos de empreendimentos mineiros produtivos, em vários países, entre eles o Brasil. Os grandes produtores de bens minerais, como USA, Canadá, Austrália, China, Brasil, Rússia, Índia, Chile e África do Sul, são os maiores beneficiados por essa expansão, e essa tendência deve persistir durante os próximos 15 anos. A mineração no exterior, de um modo geral, foi desenvolvida de forma mais homogênea do que no Brasil, ocorrendo uma transição entre os métodos manuais, semimecanizados e mecanizados de lavra, com a introdução paulatina das novas tecnologias. Nessa transição, foram desenvolvidos os diferentes métodos de lavra a céu aberto e em subsolo que hoje dominam as operações e os equipamentos que integram as principais atividades de lavra, incluindo as operações de limpeza, preparação, perfuração, detonação, escavação, carregamento e transporte de minério. Novas tecnologias de avaliação de reservas e planejamento de lavra foram desenvolvidas a partir do advento da computação. A teoria geoestatística passou a ser reconhecida como atributo primordial na avaliação dos recursos e reservas. Diversos softwares de planejamento de lavra e avaliação de depósitos incorporaram a geoestatística e algoritmos, que facilitaram e melhoraram o desenho de cavas. A visualização em três dimensões tornou mais fácil o planejamento e a compreensão do comportamento dos depósitos minerais. Os principais países que