MINERACAO
O progresso material, técnico e cultural da civilização estiveram sempre estreitamente ligado à exploração dos recursos minerais, atividade exercida pelo homem desde a pré-história, como testemunham as galerias e túneis encontrados por arqueólogos em numerosos portos da Europa e que datam do período neolítico.
A mineração, representada pelos produtos por ela gerados, está presente no cotidiano da sociedade de forma relevante e praticamente indispensável. O ser humano depende, por ano, de 400 a 500kg de insumos do reino animal e, de acordo com o nível de desenvolvimento do país onde vive, consome entre 2000 e 20000kg de insumos de origem mineral. Nos Estados Unidos, considerado um dos países com melhor padrão de vida, o consumo anual per capita é de 4145kg de brita, 3890 kg de areia e cascalho, 363kg de cimento, 222kg de argila, 199,5kg de sal, 140,6kg de rocha fosfática, 485,3kg de outros minerais não metálicos, 546,6kg de ferro e aço, 24,9kg de alumínio, 10,4kg de cobre, 6,3kg de chumbo, 5,4kg de zinco, 6,3kg de manganês e 8,6kg de outros metais.
No Brasil, em menor escala, por conta de menor nível de desenvolvimento, a mineração aparece de forma constante no dia a dia dos brasileiros. De simples artigos em vidro (areia) e cerâmica (argila) a insumos para computadores e satélites, assim como na fabricação de remédios.
Atuando como base de sustentação para a maioria dos segmentos industriais, a extração mineral, hoje, desempenha papel fundamental na economia brasileira, não só como geradoras de empregos (cerca um milhão de empregos diretos e indiretos) e impostos, como também representa fator determinante para o desenvolvimento de elevado número de cidades e microrregiões.
A atividade de extração em si é responsável por apenas 3% do Produto Interno Bruto brasileiro, porém, se considerarmos as etapas de transformação de bens minerais (fases onde o produto é beneficiado para posterior aproveitamento industrial), esse valor sobe para aproximadamente