A INTERTEXTUALIDADE DE TOCQUEVILLE: REALIDADE AMERICANA E FRANCESA DO SÉCULO XIX
O texto da cientista política Célia Nunes Galvão Quirino dos Santos trata dos dois mundos de Alexis de Tocqueville: o Europeu e o Americano. A autora aborda diversos tipos de adequação do ideal de liberdade a realidade e vice e versa e a carreira política tanto como deputado ou como escritor do sociólogo francês Tocqueville. Em um segundo momento ela apresenta o embasamento do filósofo que, em sua maior parte era histórico e teórico. Histórico pois Tocqueville era contemporâneo dos acontecimentos dos quais escrevia e refletia. Teórico pois havia clara influência de filósofos pioneiros no assunto. A questão industrial: Na sua viagem, Toqueville assistiu à democratização de uma sociedade e à industrialização (massificação) da cultura. A massificação da cultura foi paralela à emergência das sociedades industriais. Sem menosprezar as qualidades da democracia, Tocqueville constatou que, no geral, se verificava um empobrecimento da cultura nas sociedades industriais e democráticas relativamente à das sociedades aristocráticas. Reflexão da Era Jacksoniana: A autora apresenta uma longa reflexão sobre o governo do então presidente dos Estados Unidos Andrew Jackson. Jackson é retratado como uma figura altamente influente e símbolo da democracia em seu país e é responsável por uma política extremamente igualitária, totalmente oposta ao que observamos no século XX e XXI. Na sua viagem pelos Estados Unidos Tocqueville viu a grande revolução social que era idealizada pelos franceses, diferentemente do que ocorria na Europa, nos Estados Unidos cada cidadão tomava parte ativa do governo na sociedade. O homem comum naquela país havia compreendido a influência que a prosperidade geral trazia para a sociedade. O homem comum assumiu o papel da prosperidade e passou a olhá-la como algo público, o homem do povo trabalhava para o bem do Estado. Como bom observador Tocqueville