A internet na sociedade
Levantamento britânico aponta mulheres solteiras, desempregadas e na faixa entre 45 e 55 anos como mais propensas a esse tipo de dependência
Isabela de Oliveira - Correio Braziliense
Publicação:08/10/2013 09:00 Atualização:07/10/2013 10:09
A onipresença do universo on-line pode ter consequências muito negativas, revelam estudos científicos. Casos em que a internet é o principal meio de contato com o mundo são cada vez mais comuns. Mas, afinal, quem são os dependentes da rede e o que os leva experimentar a vida por trás das telas? Uma das análises mais recentes sobre o assunto, publicada na revista Computers in Human Behavior, revela que os usuários adultos compulsivos costumam se descrever como “ansiosos” e “pessoas que se chateiam facilmente”.
O trabalho dos pesquisadores da Universidade de Northampton, no Reino Unido, foi realizado com 516 homens e mulheres, de idades entre 18 e 65 anos. Precisamente 63,4% dos entrevistados demonstraram usar a internet compulsivamente, com a tendência sendo observada mais nas mulheres. Elas afirmaram que recorrem mais à rede para controlar mudanças de humor e se mostraram especialmente vulneráveis ao exagero quando estão desempregadas e têm entre 45 e 55 anos.
“As mulheres registraram mais comportamentos compulsivos por estarem sem trabalhar e solteiras, o que indica que elas estavam sem muitos recursos para sair e socializar. Na internet, esses usuários encontram excitação em conhecer pessoas de diversos fusos horários”, afirma Nada Korak-Kakabadse, um dos autores do estudo. “A faixa etária de 40 a 49 anos é a que tem a maior frequência de divórcios, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas do Reino Unido. Assim, as redes sociais on-line podem parecer uma boa opção nesse período de transição”, acrescenta a coautora Cristina Quiñones-García.
Isolamento
A solidão parece um ingrediente fundamental na relação pouco saudável com o