A internacionalização da vale
(Bertille Chicoulaa)
Um estudo realizado pelo Boston Consulting Group, de 2009, chama a atenção para um importante fator: a transformação do mercado global através da inserção de empresas provenientes de economias emergentes e as razões e consequências desse processo.
O estudo faz menção aos 100 novos empresas globais, que são constituídos, em sua maioria, por empresas pertencentes aos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) e liderados pela China, em especial. O Brasil conta com 14 empresas nesse ranking como, por exemplo: Vale, Natura, Braskem, Petrobrás, entre outras.
Fruto da constante e crescente globalização, o processo de internacionalização é cercado de múltiplas variáveis e desafios. Nesse contexto, a mineradora Vale têm um papel de destaque: é considerada a segunda maior mineradora do mundo. Dados recentes a colocam, inclusive, como empresa líder do setor, segundo publicação da revista estado-unidense Forbes.
Os principais periódicos do mundo destacam a crescente contribuição dessas corporações na economia mundial e, consequentemente, diversos estudos têm sido elaborados na tentativa de compreender o movimento dos “late movers”.
Os princípios da internacionalização
Segundo Dunning - economista britânico -, a internacionalização é um conjunto de três vantagens competitivas: vantagens específicas de Propriedade, vantagens específicas de Localização e vantagens específicas de Internalização.
As vantagens específicas de propriedade fazem referência aos ativos tangíveis (recursos naturais, mão de obra) e intangíveis (marca, imagem). Dessa forma, é natural esperar que o diferencial competitivo das empresas provenientes de economias emergentes esteja baseado em ativos tangíveis, já que não é de se esperar vantagens advindas de ativos intangíveis.
As vantagens específicas de localização estão relacionadas a localidade onde será implementada a operação internacional. As vantagens podem ser denominadas de